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INTERAÇÕES

  Como o etanol e certos medicamentos competem pelo metabolismo pela CYP2E1, os bebedores ativos exibem uma sensibilidade aumentada para certos medicamentos, pois o álcool inibirá o metabolismo do fármaco prolongando o seu tempo de semi-vida [49].

   Por outro lado, uma vez que a CYP2E1 é induzida pelo consumo crónico de álcool, o metabolismo de fármacos que também são substratos para a CYP2E1 será aumentado. Isto irá diminuir o tempo de semi-vida do fármaco, e assim diminuir a eficácia do fármaco quando o etanol não está presente [49].

   A CYP2E1 é muito ativa na oxidação de muitos produtos químicos a intermediários reativos, como por exemplo, o tetracloreto de carbono, o benzeno, as nitrosaminas, o acetaminofeno, o halotano, entre outros. A toxicidade destes agentes aumenta nos alcoólicos [49].

  Por análise da tabela 1. podemos ver algumas das classes de fármacos que sofrem ação do etanol, quando este é ingerido simultaneamente à sua toma, bem como os efeitos desta interação no organismo [50].

[49] Arthur I Cederbaum. Alcohol metabolism. Clin Liver Dis. 2012; 16(4): 667–685

[50] Ron Weathermon, David W. Crabb. Alcohol and Medication Interactions. Alcohol Research & Health. 1999, 1:23

Tabela 1.  Classes de fármacos que sofrem interação do etanol [adaptado de 50]

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