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  As vias de exposição direta ao etanol ocorrem através da ingestão, da inalação, que pode ocorrer ao fumar líquidos contendo álcool, e da utilização de produtos cosméticos que contêm álcool e são aplicados diretamente sobre a pele [35, 36].

  Existem décadas de estudo sobre os efeitos do consumo de etanol, no entanto, estudos relativos à inalação do etanol têm demonstrado que esta via pode trazer efeitos nefastos para a saúde devido ao risco de adição [35]. Além disso, apesar de ser comum a aplicação de produtos cosméticos contendo álcool como desinfetante, este pode provocar irritações severas em função da variabilidade genética e da frequência com que tais produtos são aplicados [36].

  As vias de exposição indireta ao etanol ocorrem durante a gravidez, uma vez que o etanol tem grande capacidade para atravessar a placenta, ficando o feto mais exposto do a que própria mãe para a mesma quantidade de etanol, pois o feto tem menor capacidade de metabolização (tem menos aldeído desidrogenasse) do que a mãe [37]. Outra via de exposição indireta ocorre durante a amamentação, uma vez que compostos de baixo peso molecular como o etanol têm maior facilidade para se encontrar no leite materno, devido à facilidade com que atravessam os endotélios capilares [38].

[35] MacLean, R.R., et al. Inhalation of Alcohol Vapor: Measurement and Implications. Alcohol Clin Exp Res, 2017. 41(2): 238-250.

[36] Lachenmeier, D.W. Safety evaluation of topical applications of ethanol on the skin and inside the oral cavity. J Occup Med Toxicol, 2008. 3: 26.

[37] Bhuvaneswar, C.G., et al. Alcohol Use During Pregnancy: Prevalence and Impact. Primary Care Companion to The Journal of Clinical Psychiatry, 2007. 9(6): 455-460.

[38] Chaves, R.G. and J.A. Lamounier, Uso de medicamentos durante a lactação. Jornal de Pediatria, 2004. 80: p. s189-s198.

VIAS DE EXPOSIÇÃO

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